Falar sobre a origem da joia é falar sobre a própria origem do ser humano.
A palavra “joia” vem do latim jocalis, que significa “o que dá prazer”. Há algum tempo foram escavados grânulos de cem mil anos de idade feitos da concha de um molusco conhecido cientificamente como Nassarius, e acredita-se serem estas as joias mais antigas conhecidas. Os primeiros adornos eram feitos com ossos, dentes de animais, conchas, pedras, madeiras e simbolizavam status, poder ou misticismos.
O ouro exerce atração sobre o homem desde a época das descobertas dos metais e é explorado há mais de seis mil anos. No Egito antigo, estima-se que a primeira joia foi feita há cerca de cinco mil anos. Os egípcios adoravam a raridade, o brilho e a durabilidade do ouro e usaram-no na fabricação de sarcófagos e no adorno do mobiliário dos faraós. As joias dos faraós eram enterradas junto com eles. Mais tarde, na Roma Antiga , os romanos usaram o ouro para financiar a guerra.




Exemplo de Anel usado na Roma Antiga
Os broches foram criados para prender as roupas, usando-se ouro, bronze, pérolas e ossos. Mais adiante no tempo, os italianos criaram colares, fechos, braceletes, brincos e grandes pendentes para armazenar perfumes.
Na Idade Média a lapidação começou a ser desenvolvida, e a pérola, o rubi, a esmeralda, a safira eram as gemas mais utilizadas.
No Renascimento, os estudos de anatomia e engenharia ganharam força e os ourives conseguiam reproduzir com fidelidade formas humanas representadas em peças inspiradas na mitologia greco-romana. A joalheria deixou então de ser patrocinada pelo Clero e passou a ser patrocinada pela burguesia. Foi aí que o ofício de ourives começou a ganhar status de arte, assim como a pintura e a escultura.
A joia vem servindo a várias funções ao longo do tempo. Nos primórdios da sua criação, por exemplo, tinha como função proteger as pessoas do mal. Os dotes eram pagos com joias, também era uma marca de distinção entre realeza e plebe e foi usada como moeda para bens de troca.
Em 1895, houve a abertura da galeria Maison de l’Art Nouveau, onde foram expostos objetos desenhados com influência da arte oriental. Nesta exposição, destacou-se René Lalique, que transformou Paris na capital da joalheria.
Na Segunda Guerra Mundial, houve uma queda no processo de fabricação de joias, a Europa parou de ditar moda – passou-se a viver o American way of life. Apenas nos anos 50 a joia como arte voltou a ser desenvolvida. Nos anos 60 inicia-se uma redefinição de sua função social. O design passa então a ser mais valorizado pelo conceito.

Atualmente, não há nada mais associado ao luxo do que uma joia.